Junta de Freguesia de Calvelo Junta de Freguesia de Calvelo

História

Situada num vale, na raiz do monte de S. Veríssimo, sensivelmente a sul do concelho, Calvelo dista cerca de 16 quilómetros da vila de Ponte de Lima. Abrange uma área de 485 hectares e tem uma população de cerca de 689 pessoas. Tem por freguesias vizinhas Vilar das Almas e Mato a sul, Friastelas e Cabaços a poente e, Cabaços e Anais a norte. A nascente a divisa é com Arcozelo do concelho de Vila Verde.
 
RESENHA HISTÓRICA
 
A igreja paroquial é muito antiga, e foi pequeno convento de frades beneditinos. A Casa de Mereces foi solar dos Regos, que procedem de Mem de Gondar, fidalgo asturiano que veio para Portugal em 1093, com o conde D. Henrique. No alto do monte está a antiquíssima Capela de S. Veríssimo e suas irmãs, Santa Máxima e Santa Júlia, naturais de Lisboa, onde foram martirizadas, pelos anos de 360, imperando Diocleciano e sendo cônsul das Espanhas o sanguinário Daciano. A rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, deu a esta capela vários casais. A Quinta de Pousada merece especial referência nesta freguesia. A freguesia desenvolveu-se à sombra dum pequeno convento beneditino que no séc. XV passou a abadia secular.
 
No Livro Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, pode-se ler na integra a seguinte transcrição:
 
«A igreja de São Pedro de Calvelo é mencio­nada em vários documentos desde 1118 e 1164. Entre 1118 e 1128, é mencionada em doações, que fizeram D. Paio Mendes e sua irmã D. Elvira Nunes, da parte que lhes pertencia no mosteiro beneditino de São Pedro de Calvelo, a D. Paio Mendes.
 
Há notícia de outras doações, feitas em 1126 e 1164, da mesma igreja registadas no Liber Fidei que se encontra arquivado no Arquivo Distrital de Braga.
 
As Inquirições de D. Afonso II, de 1220, aparece-nos de São Pedro de Calvelo, situando-a na Terra de Penela.
 
As Inquirições de D. Dinis, em 1290, referem a freguesia de São Pedro de Calvelo, integrando a Terra de Penela.
 
No catálogo das igrejas, organizado no reinado de D. Dinis, em 1320, para a determinação das taxas a pagar, São Pedro de Calvelo aparece com 300 libras, uma das mais altas de Penela.
 
No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios do arcebispado de Braga, na parte respeitante às igrejas de Penela, feita entre 1189 e 1493. São Pedro de Calvelo rendia em dinheiro com morturas 2280 réis e, de dízimas de searas 430 réis.
 
No final do séc. XV, o mosteiro veio a ser extinto, passando a abadia secular e Comenda da Ordem de Cristo. Era sua anexa FriasteIas.
 
Pelo “Livro de Benefícios e Comendas”, de 1528 de que existe uma cópia do século XVIII na Biblioteca Nacional de Lisboa, rendia 60.000 réis.
 
Américo Costa descreve-a como abadia do padroado real e mais tarde reitoria da apresentação da Mitra e comenda da ordem de Cristo, de que era comendador o conde de Vila Flor».

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